Pedido de registro de marca com especificação de livre preenchimento: Vantagens e Desvantagens

Registro de marca é um processo que demanda muita atenção aos mínimos detalhes para que não haja nenhum problema com o pedido. Por se tratar de um procedimento cujo tempo para conclusão é relativamente demorado, o tempo acaba por se tornar, também, muito valioso nesses casos. São várias as especificidades que o solicitante precisa preencher para que o pedido de registro seja analisado da melhor forma possível, visando sempre a resposta positiva do INPI, ou seja, o deferimento. Neste artigo, vamos falar sobre o pedido de registro de marca com especificação de livre preenchimento e quais são suas vantagens e desvantagens.

Aqui você encontrará os seguintes tópicos:

  • O processo de registro de marca
  • A especificação no pedido de Registro de Marca
  • Pedido de registro de marca com especificação de livre preenchimento: vantagens e desvantagens

O processo de registro de marca

Se você chegou até aqui ou acompanha as publicações do nosso blog, já deve conhecer os benefícios variados que o registro de marca proporciona para uma empresa. Mas também não custa reforçar: além de poder utilizar sua marca em todo o território nacional, você obtém uma proteção por um período de dez anos para a empresa, bem como aumenta a credibilidade e confiabilidade da sua empresa.

Tudo isso é garantido graças a uma análise detalhada com normas e leis bem segmentadas, como é a Lei da Propriedade Industrial. São várias as etapas que culminam na emissão do certificado de registro de marca: a pesquisa no banco de dados do INPI e a entrada com o pedido são as etapas iniciais.

Durante a entrada do pedido, é necessário o preenchimento de um formulário contendo as informações pedidas pelo INPI: nome, CPF ou CNPJ, a área de atuação da empresa e a marca em si. Nesse campo de área de atuação, o próprio Instituto Nacional de Propriedade Industrial sugere uma gama de atividades que podem ser marcadas caso façam parte do escopo coberto pela marca solicitante.

Protocolo de Registro de Marca
(Imagem: Reprodução INPI)

Pedido de Registro de Marca com Especificação de Livre Preenchimento: vantagens e desvantagens

Ainda nessa etapa de entrada do pedido juntamente ao INPI, existe a possibilidade de personalizar o campo preenchido pelas atividades exercidas pela marca. Algumas empresas podem não se sentir contempladas nas sugestões apresentadas pela autarquia, ou desempenham uma função tão específica que não existe um item correspondente na plataforma. Dessa maneira, é possível fazer o registro de marca com especificação de livre preenchimento. Vamos então conferir quais são as vantagens e desvantagens dessa modelo nos tópicos abaixo!

Vantagens

A primeira vantagem do registro de marca com especificação de livre preenchimento está relacionada exatamente com a especificidade do trabalho realizado pela empresa. Um exemplo simples é uma marca de roupas responsável por vender camisetas e outra marca de nome semelhante que está mais preocupada em focar na venda de cadarço para sapatilhas de ballet. Ambas estão relacionadas na venda de vestuário, entretanto, a marca de cadarço para sapatilhas de ballet é algo tão específico a ponto do INPI autorizar a utilização dessa marca.

Assim, uma das vantagens do registro de marca com especificação de livre preenchimento está no aumento das chances de deferimento com base na precisão das atividades exercidas por uma empresa.

Desvantagens

O pedido de registro  de marca com especificação de livre preenchimento pode ser benéfico em muitos níveis se for utilizado da maneira correta. Entretanto, pode provocar alguma dor de cabeça caso não seja feita com um acompanhamento ideal. Durante o livre preenchimento, caso seja especificada alguma função que não seja correspondente à classe na qual se está solicitando o registro, poderá causar até mesmo o indeferimento do pedido.

Pedido de Registro de Marca com especificação de livre preenchimento com segurança

Ressaltamos a importância do acompanhamento de uma agência especializada no Registro de Marca para evitar que problemas como os citados acima ocorram. Preze pela transparência e honestidade, valores que acompanham a Arena Marcas & Patentes, para escolher a quem confiar sua marca.

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Tipos de Licenciamento de Marca

Tipos de Licenciamento de Marca – A marca é todo sinal visível e diferenciativo capaz de identificar uma empresa, produto ou serviço. O nome “Apple”, por exemplo, é um exemplo de marca nominativa da empresa de tecnologia estadunidense. O desenho da maçã mordida é o logotipo da companhia, a marca figurativa. 

Hoje em dia, com a rapidez nas trocas de informações, existem marcas muito fortes, capazes de convencer o cliente a adquirir os seus produtos. Voltando ao exemplo da Apple, outra empresa pode lançar um produto idêntico e por um preço mais baixo, mas os consumidores continuarão a preferir a “marca da maçã”. 

E é por esse motivo que acontece o licenciamento de marca. Empresas utilizam a força de uma marca pertencente a outros para fortalecer os seus produtos e alavancar as suas vendas. Mas, afinal, o que de fato é o licenciamento de marca? Quais os tipos de licenciamento de marca existentes?

O que é o licenciamento de marca? 

Como falado anteriormente, muitas marcas conseguem convencer o consumidor a adquirir os seus produtos ou serviços simplesmente pela sua força no mercado. Isso acontece devido a muitos anos de trabalho e boas experiências dos clientes. 

Entretanto, é impossível que essas grandes marcas atuem em todos os mercados. Dessa forma, elas licenciam a marca para que outras empresas a utilizem em seus produtos. Em outras palavras, a marca é alugada para ser estampada em diferentes mercadorias. 

Tipos de licenciamento de marca 

Os filmes da Marvel são um sucesso em todo o mundo. Heróis como Homem-Aranha, Capitão América, Viúva Negra, entre outros, são amados por grande parte do público de cinemas. 

A Marvel, no entanto, não produz itens diversos que estampam as marcas desses personagens – como bonecos, almofadas, camisas, chinelos etc. Para não perder dinheiro com esse mercado, a companhia licencia essas marcas para outras empresas, que são autorizadas a produzir essas mercadorias a partir de um valor combinado. 

Existem diferentes tipos de licenciamento de marca, e veremos alguns quais são eles neste tópico: 

 

  • Licenciamento de Marca Tradicional: – Tipos de Licenciamento de Marca

 

licenciamento de marca unbranded
Licenciamento de Marcas – Unbranded

O licenciamento de marca tradicional acontece quando uma empresa vende, por período determinado, os direitos de imagem das suas marcas para outra empresa. Geralmente, ele ocorre de duas formas diferentes: 

 

  • Unbranded: Quando apenas a marca licenciada aparece em evidência no produto. Um bom exemplo são as camisas de super herói, onde a empresa licenciadora pode ser vista apenas nas etiquetas;

 

  • Co Branded: Quando as duas marcas aparecem em evidência no produto. É comum em chinelos Havaianas, por exemplo; 
  • Licenciamento de Marcas Promocional:

 

 

licenciamento de marca promocional
Licenciamento de marcas promocional

O licenciamento de marca promocional acontece quando uma empresa deseja alavancar as vendas de um ou vários dos seus produtos associando a itens de uma marca mundialmente conhecida. 

Um bom exemplo recente são as miniaturas da série “Friends”, que foram dadas de brinde pela lanchonete fast-food Bob’s a partir da compra de certos produtos. 

 

 

  • Licenciamento de Marcas Live Entertainment: 

O licenciamento de marca live entertainment é um tipo específico. Ocorre quando o objetivo da empresa licenciadora é que o consumidor viva uma experiência ao vivo a partir da marca licenciada. 

Existem diversos exemplos que podem ser dados nesses casos. O Beto Carrero World, ao perceber que sua atração de carros não estava dando o retorno esperado, estampou a marca “Hot Wheels” nas latarias dos veículos. 

 

Licenciamento de Marca Live Entertainment
Licenciamento de Marcas Live Entertainment

 

  • Licenciamento de Marcas Publicitário: 

 

Licenciamento de Marca
Licenciamento de Marcas Publicitário

O licenciamento de marca publicitário é quando a empresa licenciadora utiliza das marcas de personagens famosos da cultura pop para divulgar seus produtos em comerciais. Estes, por sua vez, podem ocorrer em qualquer canal: televisão, rádio, revista, anúncios na internet etc. 

Um bom exemplo foi a ação da Renault para divulgar seu novo lançamento. A montadora utilizou dos personagens de “A Caverna do Dragão” para o comercial. Na época, inclusive, circulou uma informação de que lançariam um filme live action da animação, mas tudo não passava de marketing. 

 

  • Licenciamento de Marcas Collab:

 

O licenciamento de marca Collab é quando as duas empresas se unem para a produção de um produto. Nesses casos, é possível observar a identidade visual de ambas as marcas no produto final. 

A Nike é um ótimo exemplo para esse tipo de licenciamento. Recentemente, fez um collab com a Supreme, que estampou sua marca em alguns calçados da companhia estadunidense. 

Licenciamento de Marca Cobranded
Licenciamento de Marcas Collab

 

  • Licenciamento de Marcas Direct to Rail: 

 

Licenciamento de Marca Direct to Rail
Licenciamento de Marcas Direct to Rail

O licenciamento de marca Direct to Rail acontece, muitas vezes, nas grandes lojas de departamento. É quando uma empresa fica responsável pela distribuição dos produtos de uma marca em todo o país. Nesses casos, apenas esta empresa pode vender os itens produzidos pela marca licenciadora. 

A Renner e a Riachuelo são ótimos exemplos disso. As lojas de vestimentas, muito presentes em shopping centers, são distribuidoras de marcas como Marvel, Friends, DC, dentre outras. 

por que slogan não pode ser registrado como marca?

Por que Slogan não pode ser registrado como marca?

O registro de marca é um processo que traz inúmeros benefícios para uma empresa que detém esse título, trazendo exclusividade e segurança no seu uso por todo o território nacional e por um período de dez anos. Uma marca registrada ainda transmite muito mais credibilidade e confiabilidade para os clientes do que aquela empresa que não possui o registro certificado. Além disso, existem estratégias que podem contribuir para a força do nome de uma marca, como é o caso do slogan. Quem não se lembra da “cerveja que desce redondo”, ou da emissora de televisão que “se liga em você”? No entanto, é preciso tomar cuidado! Você sabe por que slogan não pode ser registrado como marca? Neste artigo, vamos te mostrar os motivos pra isso acontecer.

Aqui você encontrará os seguintes tópicos:

  • O conceito de marca
  • O que é slogan
  • Por que slogan não pode ser registrado como marca?

O conceito de marca

O conceito de marca está no imaginário da população, mas poucas pessoas conseguem definí-la de fato. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, o SEBRAE, “marca é todo sinal distintivo, visualmente perceptível, que identifica e distingue produtos e serviços (…) [e] sua percepção pelo consumidor pode resultar em agregação de valor aos produtos ou serviços.” 

Marca "CR7"
CR7, a marca de Cristiano Ronaldo

Então, o nome de uma empresa pode ser considerada uma marca e exemplos não faltam: Coca-Cola, Antarctica, Lojas Americanas, Arena Marcas são exemplos de empresas cujos nomes são considerados marcas. Mas não são apenas estabelecimentos comerciais que se enquadram nessa categoria.“CR7”, o apelido que acompanha o jogador de futebol Cristiano Ronaldo, também é uma marca.

Existem três grandes categorias que podem diferenciar o tipo de uma marca: marca nominativa, marca figurativa e marca mista. A marca nominativa se refere àquelas marcas que são registradas apenas com o nome. A Avon é um exemplo. Já a marca figurativa é representada apenas por uma figura que remete ao produto e lhe confere identificação. A empresa alemã de vestuário, Puma, se enquadra nesse perfil. E a marca mista, como você já deve ter adivinhado pelo nome, é aquela que é registrada aliando as duas formas de identificação. A Nestlé consegue aliar os elementos verbais aos não-verbais, com os passarinhos no ninho.

O que é Slogan – Por que slogan não pode ser registrado como marca?

O slogan é um mecanismo utilizado no segmento da Publicidade e Propaganda para reforçar o nome daquela marca. Geralmente são utilizadas frases curtas que servem para definir de alguma forma a empresa, sua forma de trabalho, valores, etc. São diversas as possibilidades. 

Por que Slogan não pode ser registrado como marca?

De acordo com o Artigo 124 da Lei nº 9.279, relativa à Propriedade Industrial, o slogan não pode registrado como marca, pois é um “sinal que induza a falsa indicação quanto à origem, procedência, natureza, qualidade ou utilidade do produto ou serviço a que a marca se destina”.

Dessa maneira, o slogan é considerado uma forma de propaganda e, por isso, não pode ser registrado como uma marca. Entretanto, é possível, sim, registrar um slogan, mas não no âmbito da Propriedade Industrial e sim no campo da Publicidade, juntamente à Biblioteca Nacional, ou Direito Autoral.

A importância de uma agência de registro de marca

Tentar registrar uma marca por conta própria, sem o auxílio de profissionais qualificados para orientar da melhor forma, pode ser arriscado. Entrar com um pedido de registro de marca juntamente com o slogan acompanhando o nome, pode resultar no indeferimento do pedido e dinheiro jogado fora. Por isso, é fundamental ter em mente que empresas com esse foco são investimentos para garantir que não haja nenhum contratempo ao longo do processo. Converse com os consultores Arena Marcas & Patentes!

Qual o objetivo da Análise SWOT?

Qual o objetivo da Análise SWOT?

A análise SWOT (análise de pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças) é uma estrutura para identificar e analisar os fatores internos e externos que podem ter um impacto na viabilidade de um projeto, produto, lugar ou pessoa.

Você pode ter ficado um pouco perdido em entender o motivo desse nome e qual o significado, mas é algo simples de explicar. A sigla SWOT é originária do inglês e significa “strengths, weaknesses, opportunities and threats”, que, ao ser traduzido para o português, indica os fatores que mencionamos acima – pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças.

A análise SWOT é mais comumente usada por entidades de negócios, mas também é usada por organizações sem fins lucrativos e, em menor escala, indivíduos para avaliação pessoal. Além disso, pode ser usado para avaliar iniciativas, produtos ou projetos.

A estrutura é creditada a Albert Humphrey, que testou a abordagem nas décadas de 1960 e 1970 no Stanford Research Institute. Desenvolvida para negócios e baseada em dados de empresas da Fortune 500, a análise SWOT foi adotada por organizações de todos os tipos como uma ajuda para a tomada de decisões.

Quando e por que você deve fazer uma análise SWOT

Uma análise SWOT é frequentemente usada no início ou como parte de um exercício de planejamento estratégico. A estrutura é considerada um suporte poderoso para a tomada de decisões, pois permite que uma entidade descubra oportunidades de sucesso que antes eram desarticuladas ou destacasse ameaças antes que elas se tornassem excessivamente onerosas. Por exemplo, este exercício pode identificar um nicho de mercado em que uma empresa tem uma vantagem competitiva ou ajudar os indivíduos a traçar o sucesso da carreira, identificando um caminho que maximize seus pontos fortes enquanto os alerta para ameaças que podem frustrar as conquistas.

Elementos de uma análise SWOT

Como seu nome indica, uma análise SWOT examina quatro elementos:

Pontos fortes: Atributos internos e recursos que suportam um resultado bem-sucedido. “O que faz sua organização ser melhor do que as demais?”.

Pontos fracos: Atributos internos e recursos que funcionam contra um resultado bem-sucedido. “Em que a sua organização precisa melhorar?”.

Oportunidades: Fatores externos que a entidade pode capitalizar ou usar em seu benefício. “Quais tendências do mercado podem levar sua organização a um sucesso maior?”.

Ameaças: Fatores externos que podem comprometer o sucesso da entidade.

Uma matriz SWOT é frequentemente usada para organizar itens identificados em cada um desses quatro elementos. Uma matriz SWOT é geralmente um quadrado dividido em quatro quadrantes, com cada quadrante representando um dos elementos específicos. Os tomadores de decisão identificam e listam pontos fortes específicos no primeiro quadrante, fraquezas no próximo, depois oportunidades e, por fim, ameaças.

Entidades que realizam uma análise SWOT podem optar por usar qualquer um dos vários modelos de análise SWOT existentes; esses modelos geralmente são variações da matriz SWOT padrão de quatro quadrantes.

Como fazer uma análise SWOT

Uma análise SWOT geralmente requer que os tomadores de decisão especifiquem primeiro o objetivo que esperam alcançar para o negócio, organização, iniciativa ou indivíduo.

A partir daí, os tomadores de decisão listam os pontos fortes e fracos, bem como as oportunidades e ameaças.

Existem várias ferramentas para orientar os tomadores de decisão durante o processo, muitas vezes usando uma série de perguntas em cada um dos quatro elementos. Por exemplo, os tomadores de decisão podem ser guiados através de perguntas como “O que você faz melhor do que ninguém?” e “Que vantagens você tem?” identificar forças; eles podem ser questionados sobre “onde você precisa de melhorias?” para identificar pontos fracos, assim como perguntas como “Quais tendências de mercado podem aumentar as vendas?” e “Onde seus concorrentes têm vantagens de mercado?” para identificar oportunidades e ameaças.

Usando uma análise SWOT

Uma análise SWOT deve ser usada para ajudar uma entidade – seja uma organização ou um indivíduo – a obter insights sobre sua posição atual e futura no mercado ou contra uma meta declarada.

A ideia é que, como as entidades podem ver vantagens competitivas e perspectivas positivas, bem como problemas existentes e potenciais, eles podem desenvolver planos para aproveitar os aspectos positivos, corrigir déficits ou fazer as duas coisas.

Em outras palavras, uma vez que os fatores SWOT são identificados, os tomadores de decisão devem ser mais capazes de determinar se uma iniciativa, projeto ou produto vale a pena ser perseguido e o que é necessário para torná-lo bem-sucedido. Como tal, a análise visa ajudar uma organização a adequar seus recursos ao ambiente competitivo em que opera.

Prós e contras de análise SWOT

A análise SWOT pode ajudar o processo de tomada de decisão, criando uma representação visual dos vários fatores com maior probabilidade de afetar se o negócio, projeto, iniciativa ou indivíduo pode atingir com sucesso um objetivo.

Embora esse instantâneo seja importante para entender as múltiplas dinâmicas que impactam o sucesso, uma análise SWOT tem seus limites. A análise pode não incluir todos os fatores relevantes para todos os quatro elementos, dando assim uma perspectiva distorcida. Além disso, como apenas captura fatores em um determinado ponto no tempo e não permite como esses fatores podem mudar ao longo do tempo, a percepção que ele oferece pode ter uma vida útil limitada.

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Rionegro & Solimões – Nomes de rios podem ser registrados?

Rionegro & Solimões – Se você está no estágio de registrar uma marca para sua empresa, é bem provável que esteja envolto em várias pesquisas sobre o tema. É comum que algumas dúvidas surjam neste processo, já que existem vários pequenos entraves burocráticos envolvidos no registro de marca. Uma dessas dúvidas pode estar relacionada à nomes de elementos naturais como montanhas e rios ou mesmo nomes de cidades e estados: eles são pertencentes à união, portanto, não poderiam ser registrados? E o que acontece em casos como os da dupla sertaneja Rionegro & Solimões, que levam o nome de rios famosos do Brasil? Leia mais sobre o tema no artigo e descubra se nomes de rios podem ser registrados!

Nomes de rios podem ser registrados?

“Rionegro & Solimões”… É possível que a primeira imagem que venha à sua mente ao ouvir essas palavras seja a dos cantores sertanejos que, há décadas, formam uma dupla de bastante sucesso nacional. Mas o fato é que a dupla é batizada a partir de dois dos mais importantes rios brasileiros, ambos afluentes do rio Amazonas.
Ambos os rios (assim como qualquer outro) pertence à União, mas, ainda assim, a dupla sertaneja possui sua marca registrada no INPI desde o fim da década de 1990. Como isso é possível? A resposta é até simples: para que uma marca seja registrada no INPI, é necessário que ela represente um produto ou um serviço e sua área de atuação precisa estar bem determinada e indicada ao órgão responsável antes de realizar o registro, o que não pode ser o caso dos rios Negro e Solimões. Desta feita, a dupla Rionegro & Solimões pode sim registrar seu nome sem maiores problemas.

Dupla Rio Negro e Solimões pode usufruir da marca

Esta regra vale para outros tipos de nomes, como citado no primeiro parágrafo. É importante lembrar que, independente do tipo de semelhança que nomes possam ter (inclusive sendo idênticos), o registro no INPI garante a segurança contra plágio nas categorias de atuação requeridas no momento do pedido.

O que é uma marca e por que registrá-la?

A discussão sobre a legitimidade da marca da dupla Rionegro & Solimões também adiciona combustível na discussão sobre o que pode ser registrado e considerado uma marca. O conceito mais básico diz que trata-se de um sinal passível de representação gráfica que serve para distinguir os produtos ou serviços de uma pessoa física ou jurídica: permite diferenciar uma empresa de seus concorrentes. É claro que a marca é um signo que pode ser uma letra, uma imagem, um slogan, um sinal sonoro, mas também uma combinação dessas diferentes possibilidades. A escolha do sinal é, em princípio, livre, mas a lei exige que a marca seja representada graficamente para garantir a sua proteção jurídica.

Como a marca deve ser claramente definida para que todos saibam com certeza o que ela está protegendo, elementos estritamente subjetivos como odores, por exemplo, não podem constituir uma marca.
A lei oferece dispositivos de proteção à marca, para que somente a empresa que a criou possa utilizá-la. Este passa pelo processo de registro de marca: é um procedimento pelo qual o indivíduo ou empresa, ao criar sua marca, a deposita em órgão nacional ou internacional de propriedade intelectual com o objetivo de obter direitos de exploração.

O registro da marca no Brasil é feito no INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial). Assim que o pedido de marca é validado e registrado, ela é protegida em toda o território nacional. O registro da marca no INPI confere, assim, o monopólio de operação no Brasil por 10 anos, renováveis indefinidamente. Contar com o auxílio de uma empresa especializada em registro de marca é uma dica importante para aumentar a eficiência no processo de pedido de registro e para efetuar a vigilância da segurança de sua marca registrada.