Quando em 1902, Juan Padrós e Julian Palácios fundaram o Madrid Foot Ball Club, com certeza não imaginavam que aquele viria a ser o maior clube de futebol do mundo, com grandes proezas, títulos épicos e grandes personagens. No quadro História das Marcas, vamos falar sobre a História do Real Madrid Club de Fútbol, ou simplesmente Real Madrid, de onde são suas origens, grandes nomes que fizeram parte, conquistas, uniformes e todos os elementos que fazem deste o principal clube de futebol da história.
Neste artigo você encontrará os seguintes tópicos:
- História do Real Madrid: Juan Padrós e os merengues
- História do Real Madrid: O templo Santiago Bernabéu;
- História do Real Madrid: Escudos;
- História do Real Madrid: Los Blancos;
- História do Real Madrid: Conquistas
- História do Real Madrid: Ídolos
História do Real Madrid: Juan Padrós e os merengues
A história do Real Madrid tem início no começo do século XX, em 1900, quando Julian Palácios anunciou uma assembleia para definir os jogadores que representariam Madri em um clube de futebol. O esporte originário da Inglaterra ganhava fama pela Europa e na Espanha não era diferente. Os irmãos Padrós, Juan e Carlos foram os responsáveis por reunir um grupo que seria a base do time, além de conseguirem adeptos para o Madrid Foot Ball Club, como ficou conhecido em sua fundação, 6 de Março de 1902. Juan Padrós foi o primeiro presidente.
Juan também foi um dos responsáveis pela criação do primeiro torneio disputado na capital espanhola, uma homenagem ao Rei Afonso XIII, que, posteriormente, seria conhecida como a Copa del Rey, a mais tradicional competição do cenário futebolístico espanhol.
A história vitoriosa do Real Madrid já teve início nesse período. De acordo com os relatos oficiais do site do próprio clube, dentre as seis primeiras edições, o então Madrid venceu quatro. A inspiração para o uniforme do do clube da capital espanhola advém de um dos mais tradicionais clubes ingleses da época, o Corinthians – que seria inspiração também para a criação do Sport Clube Corinthians Paulista.
Em 1913, o Madrid já tinha vencido quatro copas e, assim, ganhava mais torcedores, entusiastas e destaque da imprensa espanhola. O apelido “merengue”, como ainda são conhecidos os madrilenhos, foi cunhado pela primeira vez nos jornais.
Sete anos mais tarde, em 1920, o Rei Afonso XIII concedeu o título de “Real” ao Madrid.
Na década de 30, o Real Madrid ainda fundou a sua seção em outro esporte, o Basquete, em que também tem uma história vitoriosa e de muita tradição.
História do Real Madrid: O templo Santiago Bernabéu
O Santiago Bernabéu, um dos mais lendários templos do futebol no mundo, foi inaugurado em 14 de Dezembro de 1947, ainda com o nome de Estádio Chamartín. Sua capacidade de aproximadamente 75 mil pessoas, em que 27 mil cadeiras e o restante da capacidade era de arquibancadas, onde os torcedores ficavam de pé.
Em janeiro de 1955, após uma grande reforma do estádio, houve a mudança de nome em uma Assembleia com o intuito de homenagear o ex-presidente do clube, Santiago Bernabéu.
O Santiago Bernabéu, além de ser palco de diversas conquistas importantes para o Real Madrid, é também lugar de algumas curiosidades interessantes. A inauguração da primeira iluminação noturna do estádio se deu em um amistoso contra o Sport Club do Recife. Além disso, o estádio também foi o escolhido para a final da Copa Libertadores da América em 2018, entre River Plate e Boca Juniors.
Também foi escolhido como um dos estádios para a disputa da Copa do Mundo de 1982 realizado na Espanha, sediando quatro jogos, inclusive a final que sagrou a Itália campeã contra a Inglaterra.
Atualmente, o Santiago Bernabéu tem capacidade para 81.044 espectadores. Florentino Pérez, atual presidente do clube merengue, já apresentou diversas vezes projetos de expansão e modernização do estádio, que foram barrados pela prefeitura local. O projeto é ambicioso e não foi deixado de lado, envolvendo, além do estádio, a construção de um hotel de luxo e a reforma do museu do Real Madrid.
História do Real Madrid: Escudos
O escudo do Real Madrid, assim como a maioria dos clubes do mundo, passou por diversas alterações ao longo da história. No entanto, os merengues sempre mantiveram um padrão, com as iniciais do nome do clube em destaque. A mudança do primeiro escudo para o segundo, em 1908, estabeleceu fortemente esse padrão das iniciais circunscritas, adotando as cores branca e azul.
Posteriormente, ganhou a coroa no círculo após o título concedido pelo rei Afonso XIII, em 1920. A faixa azul foi uma alteração que veio para ficar, já que as versões seguintes mantiveram a faixa. A adoção do dourado como uma das principais cores do escudo fez jus ao nome que remete à realeza entre os clubes de futebol.
Atualmente, o símbolo do Real Madrid é um dos mais famosos de todo o mundo, e considerado um dos mais bonitos.
História do Real Madrid: Los Blancos
O uniforme do Real Madrid ao longo da história não sofreu muitas alterações. Desde as primeiras partidas disputadas pelo clube, o branco predominava nas camisas e calções, inspirados no Corinthians de Londres, que também adotava essas cores. O meião azul do começo do século XX foi substituído também pelo branco, que rendeu mais um apelido, Los Blancos.
Com os patrocinadores e fornecedores, os detalhes na camisa do Real Madrid tem se alternado ao longo da história. A Adidas, atual fornecedora, já utilizou o dourado e o azul algumas vezes, mas também já adotou o roxo, o verde-água e o preto como as cores secundárias no uniforme titular.
Em relação aos segundos e terceiros uniformes, o Real Madrid não possui, de fato, um padrão. Os merengues já adotaram o preto e o azul como as principais opções para o segundo uniforme, enquanto o terceiro permite uma distinção maior que não necessariamente relaciona-se com a história do clube. Por vezes, o Real Madrid vestiu roxo, mas também adotou o laranja e o vermelho como as cores para os uniformes alternativos.
História do Real Madrid: Conquistas
A história do Real Madrid é repleta de títulos e os primeiros canecos a serem levantados pelos merengues datam de poucos anos após a sua fundação. Em 1905, com apenas três anos, o clube madrilenho foi campeão pela primeira vez da Copa da Espanha, título que voltou a ganhar mais três vezes de forma consecutiva. Estava começando a tradição copeira do Real.
Com a profissionalização do futebol na Espanha, a Liga Espanhola foi criada e não demorou para o Real Madrid levar o primeiro título para sua sala de troféus. Em 1932 foi a primeira vez que o Real Madrid conquistou a Liga, competição da qual é o maior campeão. Nessa temporada, os merengues foram campeões invictos, com grande destaque para Ricardo Zamora.
Em 1936, pela Copa da Espanha, o Real Madrid foi campeão da Copa mais uma vez, mas dessa vez com um gosto ainda mais especial. A vitória por 2 a 1 para o Barcelona daria início a uma das maiores rivalidades do futebol mundial, com grandes confrontos e craques de lado a lado.
Nesse mesmo ano, porém, a Guerra Civil Espanhola foi responsável por paralisar parte das atividades esportivas no país, o que rendeu algumas saídas dos clubes, isolamentos, finais de carreira para jogadores e até mesmo o exílio.
A década de 50 seria um grande marco na história do Real Madrid, na qual seriam alicerçadas as bases do clube multicampeão que viria a ser reconhecido como o Maior Clube de Futebol do Século XX. Um dos maiores ídolos da história dos merengues, Alfredo Di Stéfano, chegou a Madrid em 1953.
O argentino fazia muito sucesso na América do Sul, quando jogava pelo Millionários da Colômbia. O Barcelona, principal rival do Real Madrid, tentou a contratação de Di Stéfano, mas que possui alguns problemas contratuais com o River Plate, clube de Buenos Aires que era “dono” do seu passe. Houve uma disputa judicial entre os clubes espanhóis e a justiça local determinou que Di Stéfano jogaria por ambos os clubes em temporadas alternadas. O Barcelona recusou-se a participar, abrindo mão do craque argentino que passaria a jogar apenas pelo Real Madrid.
Para muitos, Di Stéfano era quem realmente deveria rivalizar com Pelé na disputa do maior jogador de todos os tempos e não com Maradona ou Messi, seus compatriotas.
Na década de 50, idealizava-se uma disputa entre os campeões das principais Ligas Europeias de futebol e seria os primórdios do que conhecemos hoje como a Liga dos Campeões da Europa, a principal competição de clubes do mundo. Em 1956, a sua primeira edição foi disputada e o Real Madrid demonstrou todo o seu poder vencendo o campeão francês Reims por 4 a 3. Os merengues eram comandados por Di Stéfano, Francisco “Paco” Gento, e Marcos “Marquitos”.
A partir daí, o Real Madrid começou a consolidar-se como o maior e melhor clube europeu, vencendo a principal competição de clubes por 5 vezes consecutivas, nas temporadas 1955-56, 1956-57, 1957-58, 1958-59 e 1959-60. À época, Ferenc Puskas também se juntou ao esquadrão, tornando-se um dos jogadores mais lendários da História do Real Madrid.
Outra época de muito destaque para as conquistas do Real Madrid tem início no começo do século XXI. Os merengues passaram por um período sem muitas conquistas, mas com a constituição dos primeiros Galáticos comandados por Zinedine Zidane e Raúl González, voltaram a conquistar a Liga dos Campeões em 2002. Sob o comando de Cristiano Ronaldo, o Real Madrid comandaria a segunda década do século, conquistando 4 títulos europeus em cinco anos.
O Real Madrid continuou a sua tradição copeira ao longo dos anos. Atualmente, os merengues são os maiores campeões da Liga dos Campeões da Europa, somando 13 títulos. Além disso, também são os maiores campeões da Copa do Mundo de Clubes, com quatro títulos. É também o maior campeão da La Liga, a principal competição de clubes da Espanha, com 30 títulos, além de ter se sagrado campeão 19 vezes na Copa do Rei.
História do Real Madrid: Di Stéfano e Cristiano Ronaldo
Existem dois grandes momentos na história do Real Madrid que são lembrados como os mais importantes: a contratação de Alfredo Di Stéfano em 1953 e a de Cristiano Ronaldo em 2009. Os dois juntos foram responsáveis pela conquista de 9 das 13 taças de campeão da Europa que o Real Madrid possui, sendo cinco do argentino e quatro do português.
Além das atuações memoráveis, golaços e momentos decisivos, os números de ambos os jogadores são suficientes para mostrar a sua importância durante a passagem pelo clube merengue. Di Stéfano, ao todo, disputou 282 jogos pelo Real Madrid e marcou 216 gols. Os mais importantes deles nas finais europeias, principalmente na primeira final contra o Reims, em Paris.
A passagem de Cristiano Ronaldo pode ser considerada tão importante quanto a de Di Stéfano, ou até mesmo superior, tendo em vista que o Barcelona, principal rival do Real Madrid, possuía todos os holofotes sobre ele com o comando de Lionel Messi.
Cristiano Ronaldo desembarcou em Madrid em 2009, já com status de grande estrela do futebol mundial, tendo conquistado a Liga dos Campeões pelo Manchester United da Inglaterra em 2008 e ganhando a Bola de Ouro como premiação de melhor jogador do mundo naquela ocasião, além de ter sido vice-campeão em 2009 enfrentando o Barcelona de Messi. Tratou-se da maior transferência do futebol mundial à época, por 94 milhões de Euros.
Os números do português são ainda mais absurdos que os de Di Stéfano: são 438 partidas disputadas com as cores do Real Madrid e impressionantes 450 gols, com uma média superior a um gol por jogo. Com isso, Ronaldo tornou-se o maior artilheiro da história dos merengues, deixando para trás o próprio Di Stéfano e Raúl González, outro grande ídolo.
História do Real Madrid: Maiores Ídolos
O Real Madrid, com a sua vasta história de grandes conquistas, também possui uma vasta lista de grandes jogadores, personagens e ídolos da torcida que ajudaram a construir a fama copeira que o clube possui nos dias atuais.
Além dos mais citados neste artigo, somam-se à lista o francês Zinedine Zidane, Ronaldo O Fenômeno, Ferenc Puskás Iker Casillas, Sérgio Ramos, Karim Benzema, Raúl González, Roberto Carlos e Marcelo. Confira a lista com alguns dos maiores personagens dessa história:
- Juan Padrós
- Santiago Bernabéu
- Ricardo Zamora
- Jacinto Quincones
- Alfredo Di Stéfano
- Ferenc Puskás
- Paco Gento
- Marquitos
- Didi
- Paul Breitner
- Amancio Amario
- Emilio Butragueño
- Iker Casillas
- Roberto Carlos
- Fabio Cannavaro
- David Beckham
- Hugo Sanchez
- José Antonio Camacho
- Vicente Del Bosque
- Fernando Hierro
- Makelele
- Zinedine Zidane
- Michel Salgado
- Raúl González
- Roberto Carlos
- Redondo
- Ronaldo Fenômeno
- Clarence Seedorf
- Cristiano Ronaldo
- Marcelo
- Pepe
- Sérgio Ramos
- Luka Modric
- Toni Kroos
- Van Nistelrooy
- Davor Suker