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Resumo do livro 1984 por capítulos


1984 é um livro escrito pelo inglês George Orwell, o qual foi publicado no ano de 1949. Com o gênero de ficção política, o livro originalmente contou com 326 páginas e foi publicado pela Editora Secker and Warburg. Já no Brasil, a edição mais famosa contou com a tradução de Heloísa Jahn e Alexandre Hubner, com a edição da Companhia das Letras e com 416 páginas. Resumo do livro 1984 por capítulos

Contexto de 1984

1984 é uma história classificada como distopia. Esta, por sua vez, é um gênero que se contrapõe às utopias e, dessa maneira, tem uma visão negativa sobre o futuro e o que as novas tecnologias podem fazer. Na grande maioria das vezes – e também em 1984 – as distopias são desenhadas a partir de um sistema de vigilância governamental e de um totalitarismo por parte do Estado.

A história é ambientada na Pista de Pouso no Número, que seria a Antiga Grã Bretanha, mas agora é um território que pertence ao superestado da Oceania. A fim de controlar todo o povo e as próximas gerações, o governo faz uso das tecnologias e também de uma manipulação histórica, mudando a forma real como os fatos aconteceram.

Para garantir a sua tirania e controle, é criada uma imagem do “Grande Irmão” (Big Brother), que seria o líder do Partido, o qual persegue o individualismo e a liberdade de expressão. Por meio de manipulação, a personalidade do Grande Irmão é cultuada, mas existe uma grande possibilidade dele nem existir de fato.

De forma a se referir de forma eufemística, o regime do governo é chamado de Socialismo Inglês. No entanto, a partir de uma nova linguagem criada pelo Estado, esse nome é encurtado para IngSoc.

Para alguns, 1984 era um ataque de George Orwell ao socialismo e principalmente ao Partido Trabalhista Britânico. No entanto, em uma carta escrita pelo autor e publicada na Revista Life ele nega isso, e diz que a história é uma forma de pensar como o totalitarismo pode vencer em qualquer lugar do mundo – e até no mundo inteiro.

Na verdade, Orwell, em um ensaio publicado no ano de 1946 se autodeclara um entusiasta do Partido Trabalhista. Além disso, ele se identifica como um socialista democrático, isto é, que nega o totalitarismo presente em vertentes mais radicais, mas defende a ideia de oportunidades iguais para todos os cidadãos.

Um fato curioso sobre o livro é acerca do seu título. George Orwell queria intitular a sua obra como “O Último Homem da Europa”, mas a sua editora insistia em algo que seria mais atrativo no viés comercial. Por esse motivo, como o livro foi terminado em 1948, mudou-se os últimos números, com o objetivo de passar a mensagem que a realidade ali descrita não estaria tão distante.

História de 1984

Em meio a todo o contexto falado no tópico anterior, 1984 conta a história de um homem com uma vida aparentemente normal. Com a frase “Era um dia frio e luminoso de abril e os relógios davam 13 horas”, George Orwell começa a contar a narrativa fictícia de Winston Smith.

Smith é um funcionário de Ministério da Verdade da Oceania e leva a vida como todos os outros. No entanto, certo dia ele recebe a tarefa de manipular a população e as gerações futuras a partir da falsificação de documentos antigos e outros relacionados à literatura. Com o passar do tempo, o protagonista se sente mal com a sua existência e com a sua tarefa, fazendo com que comece a questionar todo o sistema e o que ele significa.

Todos os dias os cidadãos da grande Oceania devem dedicar alguns minutos do seu tempo a atacar a imagem de um suposto traidor e foragido Emmanuel Goldstein. Logo em seguida, todos devem adorar a imagem do Grande Irmão, o suposto líder do Partido no poder.

Resumo do livro 1984 por capitulos

Smith começa a se interessar romanticamente por sua colega de trabalho Julia, uma das grandes coadjuvantes do livro. Além disso, outro funcionário do Ministério, O’Brien, é inicialmente um grande amigo de Smith e tem uma grande participação no desenrolar da história.

O livro 1984 conta a história como um cidadão pacato começa a perceber as manipulações que estão sendo feitas pelo sistema e se inicia a condena-las. No entanto, ao decorrer da história é possível observar várias reviravoltas e se surpreender com vários elementos.

O grande objetivo de Orwell era criticar o totalitarismo e mostrar como ele pode manipular toda uma população, mesmo nas coisas mais sutis. Além de todo o sistema de vigilância por televisores – onde era possível ver e ser visto ao mesmo tempo –, o sistema em vigor cria uma nova língua, a qual também tem o intuito de controlar.

Um grande exemplo é uma nova palavra criada, traduzida como “duplipensar”. A partir dela, o governo impunha que era possível e bastante comum que uma pessoa convivesse com dois significados totalmente opostos em relação a uma coisa a aceitar as duas. Isso era feito para que a população aceitasse que os Ministérios fizessem o que faziam.

O Ministério da Verdade, onde Smith trabalhava, mudava toda a história e notícias antigas e, portanto, contava mentira. No entanto, para o sistema vigente, aquilo era a verdade. Com o conceito de “duplipensar” em mente, tornava-se plausível para os cidadãos da Grande Oceania que estado contasse essas mentiras.

Além disso, o estado também usava mais meios para manipular a população e fazer com que o sistema vigente continuasse no poder. Nesse sentido, a guerra também era uma medida utilizada pela população Orwell tenta mostrar que o sentido da guerra – no âmbito do livro e da realidade – não é ser mais forte que o inimigo, nem lutar por uma causa.

Na verdade, as guerras são movimentos pensados para manter quem está no poder em seu lugar. Isso se dá pelo fato de que, a partir da preocupação da população com todos os perigos de uma guerra, é possível um argumento para vigiar cada vez mais. Além disso, com os recursos que estão sendo gastos, há uma explicação para o limitado acesso à educação e às necessidades básicas das classes menos favorecidas. Por esse motivo, um dos lemas do Partido é “Guerra é Paz”, tentando fazer com que a população apoiasse as lutas promovidas pelo Estado.