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República Oligárquica


Conhecida como a República Velha ou Primeira República, foi uma época em que os dois grupos se revezaram governando o país – as oligarquias de São Paulo e Minas Gerais. Quando a República foi proclamada, as oligarquias brasileiras tinham medo de movimentos em favor da monarquia. Portanto, em vez de eleições para um presidente, o Brasil era governado pelo exército.

A República Velha foi dividida em duas partes:

República da Espada (1889 – 1894): quando os governadores eram militares.

República das Oligarquias (1895 – 1930): quando o governo era comandado pelos estados de São Paulo e Minas Gerais. Eles mudaram de governo em um esquema chamado Política do Café com leite: São Paulo era o maior produtor de café da época, e Minas era o maior produtor de leite.

Política do café com leite

republica do cafe com leite
republica do cafe com leite

Depois da República da Espada, as elites de São Paulo e Minas Gerais começaram a se revezar a cada quatro anos nas eleições para a presidência. Eles tiveram um tratamento no qual os candidatos eleitos para um estado deveriam apoiar, para a próxima eleição, o candidato do outro estado. Ambos os estados detiveram o poder por mais de 30 anos, e ambos foram favorecidos durante seus mandatos, tendo seu desenvolvimento aumentado, enquanto outros estados e regiões não receberam atenção ou investimentos.

Além disso, a fim de manter este sistema, havia uma política de troca de favores, na qual os governadores de outros estados que apoiavam candidatos de São Paulo ou Minas Gerais nas eleições presidenciais não sofreriam nenhuma interferência federal em seus governos.

A política do café com leite era viável por meio do uso de outras medidas de controle, como o coronelismo, em que os poderosos proprietários de terra, conhecidos como coronéis, induziam a população a votar neles.

O sistema eleitoral ilegal para obter votos foi chamado de voto de cabresto, que, em uma tradução literal, seria o equivalente a “voto comum”. Como não houve voto secreto, as pessoas foram pressionadas e até ameaçaram votar em um candidato já determinado.

Conflitos

Depois de alguns anos, no entanto, esse sistema político de favorecimento dos estados criou uma atmosfera de rebeliões populares, já que houve conflitos urbanos e rurais durante a Primeira República, geralmente contra o governo. Todos eles foram derrotados.

Revolução Federalista (1893 – 1895): movimento que tentou separar o estado do Rio Grande do Sul do restante do Brasil.

Guerra de Canudos (1896 – 1897): uma guerra federal contra Canudos, um pobre assentamento de habitantes do interior, considerado monárquico e antirrepublicano. Pelo menos 30 mil pessoas morreram no conflito e Canudos foi destruído e reconstruído alguns anos depois da guerra – afundado sob as águas da barragem de Cocorobó. Atualmente, existe uma cidade de Canudos na Bahia, mas está localizada a 15 km da cidade original de Canudos.

Revolta da Vacina (1904): manifestações violentas contra a obrigação de tomar a vacina contra a varíola quando houve a fuga da doença no Rio de Janeiro.

Revolta da Chibata (1910): uma ameaça dos marinheiros para bombardear a capital, o Rio de Janeiro, caso o castigo físico com chicote não fosse abolido, as condições de trabalho não melhorassem e os salários aumentassem.

Guerra do Contestado (1912 – 1916): movimento separatista na região do Contestado, no sul do estado de Santa Catarina.

Os anos 20 foram marcados por movimentos militares contra o governo federal, como os 18 da Revolta dos 18 de Copacabana, a Revolução de 1924 e as Tenente Revoltas (Tenentismo), que acabaram no Rio de Janeiro. Coluna Prestes, um movimento rebelde social insatisfeito com a República Velha que reunia pessoas e literalmente caminhava pelo Brasil, incentivando as pessoas a se rebelarem contra o governo e a elite rural.

A revolução de 1930

A política do café com leite terminou quando Washington Luís, presidente eleito pelo estado de São Paulo, decidiu não apoiar um candidato de Minas Gerais, mas um de São Paulo, Júlio Prestes, nas eleições de 1930. Traído, Minas Gerais se aliou aos estados da Paraíba e do Rio Grande do Sul e lançou outros candidatos, que perderam as eleições fraudadas daquele ano – Getúlio Vargas e seu vice, João Pessoa.

Tendo perdido as eleições, Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul iniciaram um movimento armado em todo o Brasil que depôs Washington Luis e deu o poder a Getúlio Vargas. Este episódio é conhecido como Revolução de 1930.