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O que é positivismo


O que é positivismo

O primeiro se preocupa com a natureza do ser, enquanto o segundo trata da natureza e do escopo do conhecimento. Sua posição ontológica é decisiva para a lógica por trás dos métodos que os cientistas empregam.

Existem duas tradições científicas principais, e você estudante das ciências sociais, escolhe uma delas com base em sua posição ontológica. Estes são positivismo e construtivismo, e são decisivos para a lógica para a qual você baseia sua escolha de métodos (essa lógica é chamada de metodologia).

Positivismo

O positivismo, em geral, refere-se a posições filosóficas que enfatizam dados empíricos e métodos científicos. Essa tradição sustenta que o mundo consiste em regularidades, que essas regularidades são detectáveis ​​e, assim, que o pesquisador pode inferir conhecimento sobre o mundo real observando-o. O pesquisador deveria se preocupar mais com as regras gerais do que com a explicação do particular.

Esta tradição pode ser rastreada até Galileu Galilei (1564-1642). Em sua obra Siderius Nuncius (The Starry Messenger) (1610) ele fez observações sistemáticas da Lua, das estrelas e das luas de Júpiter. Seus métodos contrastavam com a abordagem predominante da época, defendida por Aristóteles e pela Igreja.

No mesmo século, Francis Bacon introduziu uma combinação de indução e experimento na ciência, pois desejava combinar experiência com manutenção de registros, rejeitando assim o método dedutivo da época. Francis Bacon, e mais tarde John Locke e David Hume, forneceram a estrutura básica para a tradição naturalista moderna.

Com base em seus trabalhos, os teóricos encontraram combustível para afirmar que existe um mundo real independente de nossos sentidos. Os cientistas modernos que seguem a tradição naturalista argumentam que as regularidades desse mundo real podem ser experimentadas através de percepções sensoriais sistemáticas.

Auguste Comte (1798–1857) é considerado um dos fundadores da sociologia moderna. Ele cunhou o termo sociologie, derivado das palavras latinas socius (companion) e -ology (science). O argumento epistemológico de Comte era consistente com o de seus antecessores naturalistas, isto é, o conhecimento científico sobre o mundo real vem da observação empírica. Ele também estabeleceu uma distinção entre conhecimento empírico e normativo. Informação ou conhecimento que não era empírico não era considerado por Comte como um conhecimento sobre o mundo real e, portanto, estava fora do escopo da ciência.

A tradição positivista permite ao cientista escolher de uma certa “caixa de ferramentas” de métodos ao investigar o mundo real. Isso é denotado como a metodologia da disciplina e consiste em seus métodos, regras e postulados.

Metodologia pode ser entendida como a lógica por trás dos métodos que escolhemos, isto é, a escolha da estratégia analítica e do desenho da pesquisa que sustenta a pesquisa substantiva.

Uma abordagem positivista nos fornece uma hierarquia de métodos. As experiências são consideradas ideais devido à sua capacidade de determinar a causalidade. No entanto, este método é muitas vezes difícil de empregar nas ciências sociais devido a questões práticas e éticas.

A estatística é a segunda melhor abordagem, bem adequada para generalizações. Métodos comparativos, assim como estudos de caso, são usados ​​principalmente para testes / construções de teoria.

No Brasil, o positivismo foi uma característica marcante durante um certo período de nossa história. Em 1889, Marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República em nosso território e iniciou depois disso um governo provisório, seguido pelo governo de Floriano Peixoto. Esse período ficou conhecido como a República da Espada, e o positivismo era uma das ideias base para essa transição entre a monarquia e a república.