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Polissíndeto – Figuras de Linguagem


Polissíndeto – Figuras de Linguagem |  O polissíndeto é um recurso de expressão no qual várias conjunções de coordenação são usadas em sucessão para obter um efeito de ênfase. Exemplos de polissíndeto são encontrados na literatura e nas conversas do dia a dia.

Existem diversas figuras de linguagem da língua portuguesa e em todos os idiomas. Esses recursos são utilizados, em sua maioria, para dar ênfase ao discurso. As figuras de linguagem podem ser vista em todos os âmbitos da linguagem: oral, escrita, literária, cotidiana, etc. Clique no link a seguir se quiser saber mais sobre as variadas figuras de linguagem existentes: Figuras de Linguagem – O que são? Quais são as principais?

No texto de hoje falaremos sobre o polissíndeto, um recurso de expressão muito utilizado na literatura, mas que também pode ser visto em conversas do nosso cotidiano.

O que é o polissíndeto?

O termo polissíndeto vem de uma palavra grega que, em tradução livre para o português, significaria algo como “conjuntos unidos” ou “união”. É uma figura de linguagem que ocorre quando se utiliza conjunções coordenadas como “e, ou, mas, nem” (principalmente “e” e “ou”), que são usadas para juntar palavras, frases ou cláusulas sucessivas de tal maneira que essas conjunções são usadas mesmo onde podem ter sido omitidas.

Por exemplo, na frase “Tenho maçã e banana, e mamão e manga”, a conjunção de coordenação “e” é usada em rápida sucessão para unir as palavras que ocorrem juntas. Em uma situação normal, a conjunção de coordenação “e” é usada para unir as duas últimas palavras da lista e o restante das palavras da lista são separadas unidas por uma vírgula.

Polissíndeto e Assíndeto

Polissíndeto é o oposto de outro recurso de expressão conhecido como “assíndeto”. Em um assíndeto, as palavras em uma lista são separadas por vírgulas e nenhuma conjunção é usada para uni-las.

  • Exemplos: 

Enquanto o polissíndeto usa conjunções após cada palavra ou termo, o assíndeto não usa conjunções, mas apenas vírgulas. Veja abaixo:

  • “Na manhã daquele dia eu acordei e saí, e caminhei e voltei;

A frase acima trata-se de um polissíndeto, tendo em vista que o emissor da mensagem utiliza-se continuamente do conectivo “e” para expressar a sequência de atividades feitas em um dia qualquer. Veja abaixo um exemplo da mesma frase, mas como a diferença de conter um assíndeto:

  • “Na manhã daquele dia eu acordei, saí, caminhei, voltei;

Até a palavra “caminhei” na sentença acima, observe que trata-se de uma frase comum em nossa gramática. Isso se deve ao fato de que, na língua portuguesa, costuma-se dividir em vírgulas a maioria dos elementos de uma frase, mas o penúltimo e o último são separados por um conectivo (geralmente “e”). Como ele não se apresenta na frase acima, trata-se de um assíndeto;

Outros exemplos de Polissíndeto

Veja abaixo outros exemplos de frases onde ocorre o polissíndeto, tanto em sentenças do dia a dia quanto em colocações famosas no mundo da música e da literatura:

  • “João não gostava nem de manga, nem de maçã, nem de banana”;
  • “Enquanto os homens exercem seus podres poderes | Índios e padres e bichas, negros e mulheres | e adolescentes fazem o carnaval.” (Caetano Veloso, em sua música “Podres Poderes”);
  • “E Josué, e toda Israel com ele, levou Acã, filho de Zerá, e a prata, e a roupa, e a cunha de ouro, e seus filhos, e filhas, e seus bois, e seus jumentos, e seus ovelhas e sua tenda e tudo o que ele tinha.” (Bíblia Sagrada, no livro de Josué);

 

Existem vários outros exemplos de polissíndetos, mas os citados acima são suficientes para o entendimento da matéria. Gostou do nosso artigo sobre “Polissíndeto”? Deixe nos comentários abaixo a sua dúvida sobre o assunto!