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Os Lusiadas – Explicações e Resumo


Os Lusíadas

Luís Vaz de Camões foi um escrito português nascido no ano de 1524. É considerado um dos maiores poetas da tradição ocidental, sendo sempre lembrado como um homem muito a frente de seu tempo. Como é uma personalidade muito antiga, não se tem muitas informações sobre a sua vida.

No entanto, sabe-se que nasceu em Lisboa e era herdeiro de uma família da nobreza. Por esse motivo, especula-se que durante toda a sua vida Luís Vaz de Camões viajou para muitos lugares, como o Oriente e a África. Essas viagens parecem ser uma grande inspiração para as suas obras.

O Magnum Opus – isto é, a obra mais famosa e popular – de Camões é, justamente, “Os Lusíadas”, que será o assunto central desse artigo. Nele, falaremos ao máximo de todos os aspectos dessa obra, que é considerada uma das mais importantes para história da literatura portuguesa e ocidental.

 

A Obra “Os Lusíadas”

Os Lusíadas é considerado como sendo um retrato fiel do que é a epopéia – ou poesia épica – portuguesa era de fato. Apenas pelo título da obra é possível perceber o seu caráter nacionalista, o que é uma marca nas escritas do autor. Ainda falando do título, este é derivado da nomenclatura romana da região de Portugal: Lusitânia.

O grande contexto por trás dos versos da obra é a saga do navegador Vasco da Gama, que comandou várias frotas ao redor da África – a rota do Cabo da nova Esperança – com a finalidade de encontrar novos caminhos para a Índia, que era o grande objetivo europeu daquela época. Com os italianos comandando a rota do Mediterrâneo e as iguarias do Oriente sendo um grande diferencial para a Economia, países do Oeste Europeu – principalmente Portugal e Espanha – tiveram de idealizar maneiras de chegar ao Oriente.

 

– Estrutura: 

A estrutura da poesia épica Os Lusíadas se dá de uma maneira bastante tradicional. É dividido em dez partes que, na literatura, são chamadas de cantos. Cada canto é como se fosse um grande poema, com um número de estrofes bastante variado entre eles. Nessa obra, cada canto possuía uma média de 110 estrofes.

Cada estrofe possuía oito versos, os quais possuíam rimas no seguinte estilo: AB, AB, AB, CC. Para quem não é intimo a esse conceito da literatura, isso significa que o primeiro verso rimava com o terceiro, o segundo rimava com o quarto, o terceiro com o quinto, quarto com sexto e sétimo com oitavo. Para o melhor entendimento, uma estrofe da própria obra pode servir de exemplo:

 

As armas e os barões assinalados (A)

Que, da ocidental praia lusitana, (B)

Por mares nunca de antes navegados (A)

Passaram ainda além da Taprobana, (B)

Em perigos e guerras esforçados, (A)

Mais do que prometia a força humana, (B)

E entre gente remota edificaram (C)

Novo reino, que tanto sublimaram. (C)

 

Além disso, como era um texto renascentista, Os Lusíadas tinha uma estética que seguia um tipo de teorema matemático chamado de proporção áurea, seguindo o número de ouro. Sendo assim, o clímax do livro – que é a chegada à Índia – acontece no início do sétimo canto.

 

Conteúdo da obra Os Lusíadas 

Como já falado em outras oportunidades, a obra de Luís Vaz de Camões retratou a saga de barcos portugueses até a chegada à Índia. Dessa forma, apesar de ser dividido em dez cantos, a poesia pode ser colocada em cinco partes diferentes da obra, os quais:

 

– Proposição: 

Nesse momento do livro o autor introduz a história, descreve os personagens – e principalmente o herói Vasco da Gama – e apresenta o assunto que seria desenvolvido ao longo de todo o documento. A proposição acontece da estrofe 1 até a estrofe 3 do primeiro canto.

 

– Invocação: 

Nesse momento, Luís Vaz de Camões volta para a sua fé e pede para as ninfas do tejo – que são uma espécie de adaptação das nereidas da mitologia grega – inspiração para conseguir começar, terminar e entregar a sua obra. Compõe a quarta e a quinta estrofe do primeiro canto.

 

– Dedicatória: 

Nesse momento, como acontecia em todas as obras daquela época – e acontece até os dias de hoje – o autor dedica o seu texto para alguém. No caso de Camões, Os Lusíadas é dedicado ao rei D. Sebastião, também conhecido como O Desejado. Se considerarmos as etapas anteriores a narrativa, essa é a maior parte, já que se estende desde a sexta até a décima oitava estrofe do canto I.

 

– Narrativa: 

A partir da décima nona estrofe do primeiro canto, Luis Vaz de Camões começa a falar sobre a narrativa e a história do seu herói e dos seus personagens. Além disso, ele conta com vários elementos que o ajudam na contextualização, como episódios importantes de Portugal e de sua experiência na nação.

 

– Epílogo: 

O autor conclui a obra, agradecendo tudo o que lhe foi proporcionado nesse tempo. A epílogo dura entre as estrofes 145 e 156 do décimo canto.

Além de todas essas divisões, a obra é com, majoritariamente, quatro planos temáticos, os quais:

 

– Plano temático da viagem: 

Este plano temático é o que ocupa a grande maioria dos versos da poesia do autor. Nele são relatados detalhes sobre a viagem de Vasco da Gama e de todos os outros marinheiros.

 

– Plano temático da História de Portugal: 

Para contextualizar a sua obra, se valendo do seu caráter nacionalistas – como já foi falado –, Luís Vaz de Camões relembra vários fatos da história de Portugal. É importante ressaltar que nesses versos o autor sempre exalta a imagem da sua nação.

 

– Plano temático das considerações de Camões:

Em vários momentos da obra o autor mostra as suas opiniões em relação a viagem e aos personagem como um todo.

 

– Plano temático da Mitologia: 

Durante toda a obra são tratados seres mitológicos, os quais a grande maioria eram herdados da cultura greco-romana. Para o autor, esses seres influenciavam nas decisões dos marinheiros e na viagem como um todo.