A norma culta portuguesa possui recursos a fim de deixar o texto coerente e coeso – com técnicas e estratégias que visam esclarecer o sentido empregado pelo interlocutor. Os significados são delineados através das colocações de frases e palavras durante a redação. As figuras de linguagem é uma ferramenta textual, que faz com que o texto se torne claro ao receptor da mensagem.
A analogia é um dos recursos das figuras de linguagem, de origem grega, a palavra expressa proporção, semelhança. O termo é uma comparação direta e explicita que procura manter uma aproximação de conceitos, de forma que as semelhanças sejam percebidas pelo receptor da mensagem.
O contexto do uso, comumente, é bastante específico. O emprego do conceito pode ser dado em situações comparativas, pautando as semelhanças entre os objetos, traçando uma relação onde conceitos e razões se conversem. A lógica de uma analogia se baseia na formação de um objeto lógico de pensamento – pois no processo comparativo, deve-se formar um argumento sólido e coerente, produzindo sentido para o receptor.
Definição Gramatical:
Segundo o dicionário Infopédia, a analogia é a relação de semelhança entre objetos diferentes, sendo que esses – podendo ser coisas ou ações – relacionam-se por correspondência.
Qual é a importância da analogia para a produção de um conteúdo?
O texto com o emprego correto das analogias tem a argumentação fortalecida, pois simplifica argumentos de forma clara para o leitor. Na produção de um conteúdo, a analogia é fundamental quando o interlocutor visa comparar e estabelecer semelhança entre os objetos. Com isso, o raciocínio principal se conecta com outras partes do texto, ocasionando conexões e a formação de novos sentidos.
O uso da analogia é relevante não só no uso diário da norma culta, mas também dentro de outras competências, como na ciência e na filosofia. Os conceitos usados por meio do processo análogo faz com que o texto possua exemplificações, comparações, alegorias, símiles e metáforas. Sendo assim, a linguagem analógica é responsável pela representação lógica por trás dos termos usados, partindo da análise da relação estabelecida entre duas expressões distintas.
Quando usar analogias?
O uso de analogias se modifica ao analisar a especificidade de cada texto. O emprego do conceito se dá muito na Biologia e no Direito. Deve-se prestar atenção no uso do termo, pois se isso se der de forma incorreta, o texto não terá coesão e coerência no decorrer dos argumentos.
Recomenda-se o uso quando o foco do interlocutor é transmitir uma mensagem sucinta e direta. Ademais, o uso da analogia ocorre quando o objetivo do texto é estabelecer proporções entre dois conceitos diferentes, focando em estabelecer relações entre os conceitos e, com isso, gerar uma interpretação que une dois argumentos de forma coesa e objetiva.
Exemplos de analogia:
A analogia é um suporte que foca na compreensão lógica do que é representado no texto. Vamos citar alguns exemplos para que você compreenda o uso da analogia na prática:
- “A árvore é um ser vivo. Tem metabolismo e reproduz-se. O ser humano também. Nisto são semelhantes. Ora se são semelhantes nestas coisas e a árvore cresce podemos concluir que o ser humano também cresce.”
Aqui foi aplicado o conceito da semelhança entre dois objetivos diferentes, á árvore e o ser humano. O ser humano é um ser vivo, como a árvore. Conclui-se que ambos crescem por possuírem semelhanças da manutenção da vida por reações internas, como o metabolismo.
- Cristina gosta de Caio Fernando Abreu, Woody Allen e Bob Dylan. O Augusto também. Como os dois possuem gostos semelhantes, Isabela gosta de ir ao cinema, então o Augusto provavelmente também gostará.
Nesse caso, o conceito de analogia aparece quando é evidenciado os gostos da Cristina e do Augusto – assim, estabeleceu-se uma relação de semelhança entre os dois objetos expostos.
As 3 razões para usar analogia:
- O texto fica mais objetivo;
- Os argumentos se relacionam entre si, formando um texto coeso;
- Com a analogia é possível estabelecer proporções entre dois conceitos diferentes, gerando interpretações de sentidos pelo receptor.
Analogia no Direito
A analogia se estende ao Direito quando uma lei se estende a um caso não compreendido dentro dos preceitos contidos nela, por identidade de razão. O termo passa a ser uma interpretação jurídica, com o objetivo de regular os casos idênticos ou semelhantes. Ou seja, quando um caso se parece com outro, é usado os preceitos análogos a fim de encontrar as semelhanças relativas a finalidade daquela norma, em específico.
Analogia na Biologia
Os conceitos de analogia também são empregados dentro da Biologia. O uso se dá quando existe a semelhança de função ou posição entre as partes diferentes do organismo. Sendo assim, estabelece-se relação que compete com as funções, a fim de observar se possuem as mesmas funções – sendo, nesse caso, consideradas análogas.
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