
Idade Média – A origem da espécie humana moderna como conhecemos hoje é datada de, aproximadamente, 160 mil anos atrás. Apesar de quando comparada com toda a história do universo, a humanidade ser um acontecimento recente, com o passar de todos esses anos ocorrem milhares de episódios e eventos importantes e dignos de estudos profundos. Diante disso, para melhor organização dos fatos, estudiosos dividem a história dos humanos em Idades.
Uma dessas divisões, e uma das maiores em questão de período temporal, é a Idade Média. Estendeu-se do século V até o século XV. Marcado por uma estagnação quanto a avanços tecnológicos, filosóficos e culturais, o período também é conhecido por Idade das Trevas. É comumente dividido em dois subperíodos: Alta Idade Média e Baixa Idade Média.
Alta Idade Média (século V – século IX)
A Alta Idade Média é o primeiro subperíodo dessa época histórica. Teve seu início a partir da Queda do Império Romano do Ocidente e é caracterizado por sua instabilidade.
A crise do Império Romano favoreceu o aumento significativo das invasões bárbaras (povos que viviam nas fronteiras do império, tinham outras culturas e falavam outras línguas além do Latim). A partir dessas invasões, foram formados reinos dentro do território antes tido como pertencente a Roma.
Os reinos eram compostos, principalmente, por povos germânicos. Tal povo formou várias organizações, como anglo-saxões, na Inglaterra, os visigodos, na península Ibérica e os francos, no centro da Europa. Destes, os francos tornaram-se os mais poderosos da Europa Ocidental, chegando a formar um império quando comandado por Carlos Magno.
Os antigos cidadãos romanos, em decorrência do medo de serem saqueados e escravizados pelos povos “bárbaros”, migraram nesta época para os campos, se organizando em pequenas concentrações rurais chamados de feudo, controladas pelo Senhor Feudal e sua nobreza. Esse êxodo urbano gerou o que conhecemos atualmente como a Era do Feudalismo (inserir link).
Em contraponto à parte ocidental, o Império Romano Oriental (também conhecido como Império Bizantino), estava fortalecido e, por razões de melhor governo e até geográficas, conseguiu impedir as invasões estrangeiras. O Império Bizantino conseguiu perdurar durante toda a Idade Média.
Baixa Idade Média (século XI – século XV)
No século XI, com o começo da Crise no Feudalismo, derivada das mudanças econômicas que começavam a se dar na época (início do êxodo rural, aquecimento do comércio, dentre outros), se deu início o período de tempo nomeado de Baixa Idade Média.
Essa época, a qual é caracterizada pelo enfraquecimento do sistema feudal, também foi o período de outros importantes acontecimentos na Europa. Um destes eventos foram as Cruzadas, guerras religiosas organizadas pela Igreja com o objetivo de conter a ascensão dos muçulmanos.
Além disso, a Baixa Idade Média foi um período marcado pelo aquecimento do comércio, o qual havia praticamente desaparecido em séculos anteriores. A partir dos produtos trazidos pelas expedições à Ásia, como as especiarias, o interesse pelo comércio crescera novamente, fortalecendo assim a Burguesia e os burgos (cidades que conseguiram resistir ao sistema feudal).
Em meados do ano de 1346, também na Baixa Idade Média, houve uma epidemia de peste bubônica, também conhecida como peste negra, que fora responsável por dizimar cerca de um terço da população de toda Europa na época.
Fim da Idade Média
Após numerosas investidas, o Império Bizantino se viu, no século XIV, limitado à cidade de Constantinopla. Em 1453, com o enfraquecimento dos exércitos do império, o povo Otomano conquistou a cidade de Constantino. Esse acontecido, chamado de Queda de Constantinopla, marcou o fim da Idade Média.
Curiosidades sobre a Idade Média:
Porque a Idade Média foi chamada de Idade das Trevas?
A Idade Média é constantemente chamada por alguns especialistas e até em livros de história por “Idade das Trevas”. Isso se deve ao fato de que a grande maioria da população europeia daquela época estava presa em dogmas da Igreja Católica. Esta, por sua vez, como os feudos eram em sua maioria pequenos, poderiam “fiscalizar” todos os fiéis.
Esse fato aliado às grandes jornadas de trabalho diária impossibilitou que grandes avanços na tecnologia e no conhecimento fossem alcançados. Sendo assim, foram centenas de anos sem que, na Europa, houvessem significativos avanços tecnológicas.
Avanços na agricultura
Como falado no tópico anterior, a Idade Média foi marcada por poucos avanços tecnológicos. No entanto, grande parte da população passava todo o seu tempo cultivando vegetais. Isso fez com que pudessem ser notados alguns avanços na agricultura, quebrando com a ideia de que foi uma época de estagnação tecnológica.
Práticas como a rotação de culturas e o arado de bois foram implementados nessa época.