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Eletromagnetismo Conceito, Resumo e Fórmulas, Exercícios, Exemplos


Eletromagnetismo – O universo é algo altamente complexo e nem com toda a tecnologia que dispomos nos dias de hoje é possível explicar todos os fenômenos que ocorrem em nossa volta. Ainda assim, mesmo que explicados, há muitas coisas que sabemos que está acontecendo, mas não podemos ver e nem mesmo sentir.

Por exemplo, é comprovado pela física que todos os corpos possuem entre si um poder de atração. Isso significa que, nesse momento, você está sendo atraído pelo seu computador (ou celular) e ele está sendo atraído por você, do mesmo modo que você está sendo atraído, literalmente, por outra pessoa e vice-versa. O motivo pelo qual não conseguimos sentir esse poder de atração é porque os coeficientes desse fenômeno são muito baixos, e não são capazes de realmente juntar os corpos (como ocorrem com os imãs, por exemplo).

Da mesma forma, há um fenômeno observado e estudado pela física que, apesar de não vermos no nosso dia a dia, ocorre. Na verdade, esse conceito estuda a relação entre duas áreas maiores: as correntes elétricas (força da eletricidade) e o magnetismo. Essa relação é explicada pelo campo magnético, sendo chamada de Eletromagnetismo.

O que é a eletricidade o magnetismo?

Antes de falarmos sobre a relação existente entre esses dois conceitos conhecidos pela grande maioria das pessoas, precisamos ter o conhecimento de qual é o significado desses dois termos de forma independente. Em primeiro lugar, vamos falar da eletricidade.

A eletricidade é um ramo estudado pela física e pela química. Basicamente, pelo primeiro princípio de conservação de energia, a eletricidade é uma das formas que a energia (conceituada pela capacidade de fazer trabalho de algum corpo no universo) se assume. Do mesmo modo que a energia pode ser cinética, potencial ou nuclear, ela também pode ser elétrica. O princípio da eletricidade, e consequentemente das correntes elétricas, podem ser atreladas aos movimentos das cargas existentes em um átomo.

Já o magnetismo, uma área de estudo trabalhada pela física, se define como a força de atração (ou de repulsão) que um corpo exerce sobre o outro. De acordo com as conclusões físicas após estudos, esse poder de atração está atrelado aos dipolos, isto é, forças magnéticas opostas. Como podemos observar, esse conceito de magnetismo está bastante relacionado com a eletricidade, uma vez que também pode ser exemplificada com as cargas de átomos, já que dois corpos são atraídos se possuírem cargas opostas.

A relação entre eletricidade e magnetismo – Eletromagnetismo

Desde a Antiguidade, haviam vários estudos desenvolvidos que tentavam explicar como a eletricidade se relacionava com o magnetismo, pois esse paralelo era brevemente observado por vários pensadores. Contudo, como ainda não havia nenhuma comprovação científica desse fenômeno, as duas áreas, para fins de estudos elementares, eram tratadas como coisas distintas que não se relacionavam entre si.

Desse modo, o primeiro a apresentar uma evidência empírica da existência de um campo que relacionava o campo magnético e o campo elétrico (campo eletromagnético) foi Michael Faraday, um cientista britânico que viveu entre os anos de 1791 e 1867. As conclusões desse estudo ficaram conhecidas como Lei de Faraday.

Lei de Faraday – Eletromagnetismo Conceito

A Lei de Faraday, também chamada de indução magnética, é um fenômeno explicado pela experiência promovida por Michael Faraday, o qual comprovou que a variação de um campo magnético pode gerar uma corrente elétrica, que também pode ser chamada de corrente induzida.

O seu experimento se baseou em duas bobinas, as quais eram enroladas um fio metálico, de material bom condutor de eletricidade. O objetivo do cientista em fazer esse experimento era comprovar que, ao gerar um campo magnético entre as bobinas A e B, uma corrente elétrica era gerada. Desse modo, havia um interruptor capaz de ligar a bobina A, gerando um poder de atração entre as duas.

Contudo, não foi bem isso que Faraday concluiu. Ao ligar a bobina A, um campo magnético e um poder de atração era gerado para com a bobina B. Apesar disso, a corrente elétrica gerada se limitava somente ao momento de ligamento, e ela durava poucos segundos.

Diante disso, o cientista concluiu que uma corrente induzida era gerada apenas no momento em que o campo magnético variava, mas que essa não era continuada depois da estabilização desse campo. A lei de Faraday, então, consistia na seguinte afirmação: Uma corrente elétrica é gerada a partir da variação de um campo magnético.

Equações de Maxwell – Eletromagnetismo Exemplos

Um pouco mais tarde, mais precisamente nos anos de 1861 e 1862, um físico de origem escocesa e nome James Clerk Maxwell, que viveu de 1831 a 1879, reuniu todas as considerações que já haviam sido feitas por outros cientistas e elaborou as equações de Maxwell.

Estas, no entanto, foram feitas de forma inversa àquelas elaboradas por Michael Faraday. Diferentemente do britânico, Maxwell tinha o objetivo de observar quais os efeitos que um campo elétrico, motivado por correntes elétricas, teriam sobre a força de atração sobre dois corpos, isto é, o magnetismo. A partir daí, o físico conseguiu comprovar a existência de um campo eletromagnético, dizendo que os dois campos (magnético e elétrico) são, na verdade, os mesmos, com diferentes formas de atuação.

Contudo, as equações de Maxwell são um pouco mais complicadas, estuda-las demanda um pouco tempo a mais de estudo e aprofundamento no tema em questão. Além disso, o cientista concluiu que a concentração de cargas elétricas e magnéticas se comportam como ondas, e por isso foram chamadas de ondas eletromagnéticas, que se propagam na mesma velocidade da luz.

Maxwell ainda conseguiu comprovar que a própria luz é uma onda eletromagnética. A importante de seus estudos para o eletromagnetismo é tão importante que pode ser comparado às conclusões de Isaac Newton sobre a Mecânica e Albert Einstein sobre a Teoria da Relatividade.

Seus resultados e teorias contribuíram para o conhecimento bem mais amplo de como essas ondas se comportam, o que possibilitou o desenvolvimento de itens indispensáveis para o nosso dia a dia atual, como as lâmpadas elétricas (inventadas por Thomas Edison) e o aparelho de forno micro-ondas, inventado pelo cientista norte americano Percy Spencer.