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Características gerais dos anfíbios


O reino Animalia compõe, junto com o Reino Plantae, o grupo de seres vivos que podem ser vistos a olho nu, além de serem os agrupamentos com maiores variedades encontrados no planeta Terra. O primeiro engloba todos os animais existentes que compartilham das seguintes características: pluricelulares (mais de uma célula), eucariontes (células com núcleo bem definido) e heterotróficos, ou seja, não produzem seu próprio alimente (como a fotossíntese nas plantas, por exemplo).

A partir do Reino Animalia são derivados os Filos, e destes decorrem as Classes. Uma das Classes mais antigas da história da existência dos animais são os Anfíbios, os quais iremos, neste artigo, apresentar suas características, tais como reprodução e respiração, além de  listar alguns animais que fazem parte desse agrupamento.

O que são animais anfíbios?

Os anfíbios são animais pertencentes ao reino Animalia e ao filo Chordata. Seu nome é derivado do grego e pode ser dividido em duas parte: amphi, que significa “ambos” e bio, que signifiva “vida”. Ou seja, a tradução livre desse termo seria “ambas vidas” ou “em ambos meios”.

Os traços mais marcantes dos anfíbios são: sua capacidade pecilotérmica, isto é, seu “poder” de mudar a temperatura consideravelmente dependendo do meio em que está inserido, além de seu ciclo de vida, que se difere de qualquer outro ser vivo, pois é dividido em duas fases: uma se dá no meio aquático e outra se dá no meio terrestre. A classe anfíbia também é conhecida por ser a primeira vertebrada, evoluído de peixes pulmonados que viviam em águas doces (rios, lagos ou lagoas).

O documento chamado Amphibian Species of The World, responsável por conter todos os anfíbios existentes, identifica mais de 6 mil espécies diferentes da classe de animais em todo o mundo. Toda essa variedade gera grandes peculiaridades para os anfíbios, além de algumas exceções (como o fato de que, em alguns anfíbios, seu ciclo de vida é inteiramente aquático).

A evolução da espécie é datada do Período Devoniano (cerca de 400 milhões de anos atrás). Atualmente, pesquisadores tem notado um significativo declínio na população de anfíbios em todo o mundo, fenômeno justificado por intervenções humanas, como a Industrialização e pecuária intensiva, que geram e aceleram o Aquecimento Global.

 

Características gerais dos anfíbios

 

Os anfíbios possuem mais de 6 mil espécies diferentes espalhadas por toda a extensão terrestre. Contudo, esses animais possuem características gerais que atingem a grande maioria de seus componentes.

Uma característica que pode ser dada como geral entre os anfíbios é a separação do seu ciclo de vida em duas fases: a aquática e a terrestre. Os atributos físicos dessas duas fases diferem bastante entre si, o que resulta em uma separação dessas fases para análise física dessa classe de animais.

A fase aquática, também chamada de fase larval é a primeira etapa do ciclo de vida de um anfíbio. Nesse período, a aparência física dos animais é bem similar aos alevinos (peixes que acabaram de sair de seus ovos). Os anfíbios jovens possuem caudas e sua respiração é branquial, além de possuírem uma reta nas laterais, semelhante a outros peixes.

A segunda etapa do ciclo de vida de um anfíbio é a fase terrestre. O animal passa por uma metamorfose que o deixa capaz de viver fora dos ambientes aquáticos. Nessa fase o animal desenvolve quatro patas com cinco dedos cada, que possibilitam sua locomoção de forma simples. Apesar de desenvolver pulmões quando faz a metamorfose, os anfíbios possuem alvéolos pulmonares muito pequenos, e estes não são capazes de suprir a necessidade respiratória dos animais. A partir daí, estes também realizam a respiração cutânea, ou seja, trocas gasosas a partir de poros na pele. Por esse motivo, a pele dos anfíbios é, na maioria das vezes, bastante úmida e lisa.

A locomoção dos anfíbios é, em sua maioria, feita através de altos e pequenos passos. Contudo, algumas espécies apenas caminham, e outras até rastejam. Quando na fase jovem, os anfíbios apenas nadam através de suas caudas.

Por possuírem pelas úmidas e lisas, os anfíbios têm como sentido mais aguçado o tato. Algumas espécies, como a cobra-cega, se locomovem principalmente por este sentido.

É possível encontrar várias espécies venenosas de anfíbios, dos quais produzem seu veneno na glândula parotoide e o excretam através da língua e através da pele. Alguns sapos e rãs estão entre as espécies mais venenosas de todo o mundo, podendo levar outros animais à morte simplesmente a partir do toque.

Respiração dos anfíbios

A respiração dos anfíbios pode se dar de duas maneiras diferentes: a respiração pulmonar e a respiração cutânea.

Respiração pulmonar

            A respiração em um ser vivo nada mais é que a troca gasosa do organismo com o meio em que a espécie está inserida. Conhecidas também como hematose, essa troca gasosa consiste, principalmente, na entrada de oxigênio e saída de gás carbônico. Há vários tipos de respiração diferentes, as quais se dão em diferentes meios e em diferentes espécies.

Um dos tipos de hematose existente é a respiração pulmonar, que ocorre nos pulmões de muitos seres vivos, como anfíbios, mamíferos, aves e répteis. O processo é derivado do movimento do diafragma, realizado naturalmente pelo organismo. O diafragma se contrai, momento em que os pulmões se expandem e entram os gases, e relaxam, momento em que os pulmões diminuem e saem os gases.

Respiração cutânea

A respiração cutânea é um processo de troca gasosas dos organismos com o ambiente que se dá através da pele.

A partir de uma pele bastante vascularizada e com grande presença de células que praticam a troca gasosa, estas captam o oxigênio existente no ambiente, e a partir de processos feitos nas células, eliminas gás carbônico. Os animais que possuem a respiração cutânea possuem as peles finas e bastante úmidas, características que possibilitam todo o processo descrito.

A respiração cutânea é derivada de um processo de respiração celular, onde uma organela presente nestas, a mitocôndria, usa o gás oxigênio para realizar reações químicas que produzem energias para os organismos. Tais reações químicas resultam na liberação de gás carbônico para o meio ambiente.

 

Reprodução dos Anfíbios

         Por serem uma classe de animais com bastante variedade, os anfíbios possuem dezenas de tipos de reprodução, perdendo apenas para os peixes nesse quesito.

A reprodução mais comum notada nos anfíbios é a sexuada externa. Ocorrida geralmente em água doce (poças, rios, lagoas ou lagos), esse tipo de reprodução consiste na liberação dos gametas femininos no ambiente, que é sucedido pelo lançamento dos gametas masculinos, formando o ovo ou zigoto.

Outra forma de reprodução, e esta menos constante, é a sexuada interna. Ocorre em salamandras, onde o macho “conquista” a fêmea partir de movimentos, e deixa uma cápsula chamada de espermatóforo, a qual contém os gametas masculinos. A fêmea então é induzida a colocar-se nesta cápsula, que a adentra o organismo e fecunda com os óvulos previamente produzidos.

Uma característica comum a todos os anfíbios, referente à reprodução, é que os gametas dessa classe de animais, por estarem protegidos ou pela água ou pelo organismo da fêmea, não possuem bolsa amniótica, conhecida nos humanos como placenta. Essa característica é uma das maiores diferenças entre os anfíbios e os animais inteiramente terrestres.

Alimentação dos anfíbios

A alimentação dos anfíbios é significativamente diversa. Quando em fase jovem (aquática), os anfíbios se alimentam, na maioria das vezes, de pequenas algas e vegetais aquáticos. A partir da fase adulta, eles se alimentam, também, de outros animais.

Os anfíbios são exímios predadores de insetos, em sua maioria moscas, baratas, formigas, pernilongos, pulgões, vagalumes, dentre outros. Podem se alimentar também de outros animais, como minhocas e lesmas. Alguns anfíbios de maior porte, como a rá touro americana, se alimentam de pequenos peixes e até pássaros.

Devido a sua alimentação, os anfíbios são uma classe importante de animais para o equilíbrio ecológico, favorecendo, muitas vezes, o homem. A existência de uma população ideal de sapos, rãs, pererecas e salamandras diminuem a incidência de mosquitos, muitos dos quais transmitem doenças. Além disso, a alimentação com base em lesmas, formigas e outros pode ajudar no controle de pragas que destroem pequenas hortas e até grandes plantações.

Contudo, são documentadas algumas espécies de anfíbios venenosas, das quais os humanos devem manter distância.

Animais Anfíbios

Como já mencionado anteriormente, são documentadas mais de 6 mil espécies de anfíbios em toda a extensão terrestres. Por tanta variedade, os anfíbios podem ser divididos em três grupos principais:

Sapos, rãs e pererecas:

  • Sapo-cururu;
  • Sapo-boi;
  • Sapo-parteiro-hibérico;
  • Sapinho da restinga;
  • Sapinho de verrugas verdes;
  • Sapo de unha negra;
  • Sapo verde europeu;
  • Sapo corredor;
  • Perereca carneirinho;
  • Perereca de banheiro;
  • Rã verde;
  • Rã leopardo;
  • Rã touro;
  • Rã americana;

Cobras-cegas e cecílias:

  • Caecilia gracilis;
  • Caecilia mertensi;
  • Caecilia tentaculata Linnaeus;
  • Oscaecilia hypereumeces;
  • Caecillia armata;
  • Rhinatrema ron;

Salamandras:

  • Salamandra tigre;
  • Salamandra Flatwoods;
  • Salamandra de fogo;
  • Salamandra de costelas salientes;
  • Salamandra toupeira;
  • Salamandra de dedos largos;