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A América portuguesa e a presença holandesa


A América portuguesa e a presença holandesa

O Brasil holandês, também conhecido como Nova Holanda, era a porção norte da colônia portuguesa do Brasil, governada pelos holandeses durante a colonização holandesa das Américas entre 1630 e 1654. As principais cidades da colônia holandesa da Nova Holanda foram a capital Mauritsstad (hoje Recife), Frederikstadt (João Pessoa), Nova Amsterdã (Natal), São Luís (São Luís), São Cristóvão, Fortaleza (Forte Schoonenborch), Sirinhaém e Olinda.A América portuguesa e a presença holandesa

A partir de 1630, a República Holandesa conquistou quase metade da área europeia estabelecida no Brasil, com sua capital em Recife. A Companhia Holandesa das Índias Ocidentais (WIC) estabeleceu sua sede em Recife. O governador, Johan Maurits (Maurício de Nassau), convidou artistas e cientistas para a colônia para ajudar a promover o Brasil e aumentar a imigração.

No entanto, a maré virou-se contra os holandeses quando os portugueses obtiveram uma vitória significativa na Segunda Batalha dos Guararapes em 1649. Em 26 de janeiro de 1654, os holandeses se renderam e assinaram a capitulação, mas apenas como um pacto provisório. Em maio de 1654, os holandeses exigiram que a Holanda recebesse a Nova Holanda de volta. Em 6 de agosto de 1661, a New Holland foi formalmente cedida a Portugal através do Tratado de Haia.

Embora tenha apenas uma importância transitória para os holandeses, esse período foi de considerável importância na memória histórica do Brasil. Não houve mudanças duradouras no desenvolvimento social e institucional do Brasil português.

A América portuguesa e a presença holandesa – Portugal

Os colonos portugueses locais tiveram que se opor aos holandeses em grande parte por seus próprios recursos, incluindo a mobilização de aliados negros e indígenas, e fizeram uso de seu conhecimento das condições locais. Essa luta é contada, na memória histórica brasileira, como a semente da nacionalidade brasileira. Este período também precipitou um declínio na indústria de açúcar do Brasil, uma vez que o conflito entre os holandeses e portugueses interrompeu a produção brasileira de açúcar, em meio à crescente concorrência de plantadores britânicos, franceses e holandeses na região do Caribe.

A América portuguesa e a presença holandesa

No verão de 1629, os holandeses cobiçaram um novo interesse em obter o estado brasileiro (capitania) de Pernambuco, a maior e mais rica área produtora de açúcar do mundo. A frota holandesa de 65 navios foi liderada por Hendrick Corneliszoon Loncq; o WIC ganhou o controle de Olinda em 16 de fevereiro de 1630, e Recife (a capital de Pernambuco) e António Vaz em 3 de março.

Matias de Albuquerque, o governador português, liderou uma forte resistência portuguesa que impediu os holandeses de desenvolverem seus fortes nas terras que haviam capturado. Em 1631, os holandeses deixaram Olinda e tentaram obter o controle do Forte de Cabedello, na Paraíba, Rio Grande, Rio Formoso e Cabo de Santo Agostinho. Essas tentativas também foram malsucedidas, no entanto.

Ainda no controle de Antônio Vaz e Recife, os holandeses ganharam uma posição no Cabo de Santo Agostinho. Em 1634, os holandeses controlavam o litoral do Rio Grande do Norte até o Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco. Eles ainda mantinham o controle dos mares também. Em 1635, muitos colonos portugueses estavam escolhendo a terra ocupada pelos holandeses sobre a terra controlada pelos portugueses.

A América portuguesa e a presença holandesa – Os Holandeses

Os holandeses ofereceram liberdade de culto e segurança de propriedade. Em 1635, os holandeses conquistaram três fortalezas dos portugueses: as cidades de Porto Calvo, Arraial do Bom Jesus e Forte da Nazaré, no Cabo de Santo Agostinho. Essas fortalezas deram às terras holandesas de açúcar aumentadas o que levou a um aumento no lucro.

Maurício de Nassau afirmou que sempre amou o Brasil devido a sua beleza e seu povo, e sob seu governo, a colônia prosperou. Seu patrocínio de pintores holandeses da Era de Ouro, como Albert Eckhout e Frans Post, para retratar a riqueza do Brasil resultou em trabalhos mostrando diferentes raças, paisagens e naturezas-mortas. Ele também convidou os naturalistas Georg Marcgraf e Willem Piso para o Brasil.

A América portuguesa e a presença holandesa

Eles coletaram e publicaram uma grande quantidade de informações sobre a história natural do Brasil, resultando na publicação de 1648 da História Naturalis Brasiliae., o primeiro compêndio europeu organizado de conhecimento sobre as Américas, que teve grande influência nos círculos científicos europeus aprendidos por mais de um século.

Sob o domínio holandês, parte do atual nordeste brasileiro prosperou em infraestrutura e contou com uma forte influência da cultura judaica, protegida pelo governo de Maurício de Nassau.

Em 1654, o fim das Batalhas dos Guararapes selou a vitória portuguesa e a retomada do domínio na região. Um fato interessante é o de que os judeus passaram a ser mal recebidos na região e migraram para Nova Amsterdã, na América do Norte. A cidade hoje é Nova York.