O ser humano é um ser social. Desde que nasce já está envolvido em um contexto com uma série de regras, padrões, estéticas e, claro a comunicação.
Compreendendo que o ser humano é um ser social e que para isso deve interagir entre os demais componentes dessa sociedade, se entende por consequência que a comunicação é também intrínseca ao ser humano.
No intuito de se comunicar, é razoável pensar que a linguagem é também uma instância natural às pessoas. Afinal é quase impossível chegar a uma conclusão razoável sobre o que é sintoma e o que é causa. A linguagem existe para nos comunicarmos ou nos comunicamos porque existe a linguagem?
Enfim, todo esse rodeio serve para ilustrar a importância das linguagens no dia a dia e como sua função social pode ser complexa.
Quer outro exemplo de complexidade na língua? Então vejamos o conceito de polissemia!
A polissemia é a classificação de uma característica de palavras que possuem mais de um sentido. É formada pela união dos termos “poli”, que indica mais de um, vários e “semia”, que deriva de semântica, isto é, sentido.
A polissemia pode ser uma das características mais difíceis para a compreensão de vocabulário de uma língua, uma vez que os significados não são uniformes, mas podem ser muitos expressos por uma palavra apenas.
Confira alguns exemplos de palavras polissêmicas:
– Manga: pode ser tanto a fruta como a parte do braço na camisa.
– Vela: pode ser um esporte, a parte de pano que movimenta embarcações antigas ou mesmo o objeto de cera com um pavio utilizado para iluminação.
– Dó: pode ser a nota musical ou tristeza, pena, compaixão.
– São: pode ser a conjugação do verbo ser na segunda pessoa do plural ou o sinônimo de saudável.
– Banco: pode ser o um objeto para se sentar ou a instituição financeira.
– Cabo: pode ser uma localidade geográfica, uma patente policial ou uma parte para segurar objetos como vassouras, pás, enxadas, etc.