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Olavo Bilac – Movimento Parnasiano


Olavo Bilac – Movimento Parnasiano | Um dos principais nomes da literatura brasileira, principal expoente de um movimento que marcou os primeiros anos da república no país. Conheça mais sobre a história de Olavo Bilac.

Olavo Brás Martins dos Guimarães Bilac (Rio de Janeiro, 16 de dezembro de 1865 – Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 1918) foi um poeta brasileiro do movimento parnasiano.

Considerado um dos maiores poetas que escreveram em português, Bilac foi um mestre que esculpe versos com uma rima e um medidor cuidadosamente medidos, e ao mesmo tempo protege-os de parecerem artificiais. Seus poemas parecem naturais e inspirados, embora tenham sido cuidadosamente elaborados para alcançar um ritmo e uma forma equilibrados.

Bilac nasceu na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Ele estudou medicina em uma universidade, mas a deixou durante o quarto ano. Ele também tentou completar um curso de direito, que ele também abandonou, em seu primeiro ano. A partir de então, voltou-se para o jornalismo e a literatura, aos quais dedicara suas energias desde muito jovem.

Como ativista político – ele apoiou o serviço militar obrigatório e a abolição da escravidão – Bilac foi perseguido pelas autoridades durante o governo de Floriano Vieira Peixoto, o segundo presidente do Brasil. Ele passou alguns meses na cadeia e também teve que se esconder na casa de um amigo, em outro estado. Bilac é o patrono do Serviço Militar Brasileiro.

Bilac foi membro fundador da Academia Brasileira de Letras. Bilac era conhecido por ler as obras literárias mais importantes da época e recitar seus próprios poemas em eventos sociais. No auge de sua fama, ele era um dos autores mais populares de seu país, depois de ter ganho o título de “príncipe dos poetas brasileiros” em um evento promovido por um concurso de revista em 1907. Ele também foi um orador formidável.

O tema poético mais recorrente de Bilac são, sem dúvida, as estrelas. Ele era fascinado pela beleza do céu estrelado, o que é evidente em um bom número de seus trabalhos. Suas centenas de poemas – a maioria dos quais na forma de um soneto – também falam sobre amor, Deus, erotismo, heróis, bandeirantes, Brasil, tempo, mitologia grega e uma série de outros tópicos.

Bilac também foi autor da letra do “Hino à Bandeira Nacional” do Brasil.

Como já foi dito, Bilac ficou reconhecido por seus poemas minuciosamente escritos a partir de uma métrica meticulosa e cuidadosa com a contagem de versos, sílabas e o posicionamento das rimas. Essa era uma das principais características do Parnasianismo, movimento do qual Bilac fazia parte e explicaremos mais à frente.

Olavo Bilac continuou tendo notoriedade mesmo depois de falecido. Em grande parte graças à sua obra vasta e repleta de grandes marcos com crônicas, dicionários de rimas, guias de versificação, o próprio Hino da Bandeira e até peças infantis.

A outra porção da fama póstuma de Bilac está relacionada ao próximo grande movimento artístico que surgiu no Brasil, o Modernismo. Em clara contraposição aos ideais parnasianos, os grandes nomes do Modernismo como Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Mário de Andrade, dentre outros, tinham no maior nome do movimento pregresso no Brasil, o Olavo Bilac, uma figura a ser satirizada e tomada como ultrapassada.

Olavo Bilac: Movimento Parnasiano

O parnasianismo foi um estilo literário francês que começou durante o período positivista do século XIX, ocorrendo depois do romantismo e antes do simbolismo. O estilo foi influenciado pelo autor Théophile Gautier, bem como pelas idéias filosóficas de Arthur Schopenhauer.

O nome é derivado do diário original dos poetas Parnassianos, Le Parnasse contemporain, em homenagem ao Monte Parnaso, lar das Musas da mitologia grega. A antologia foi emitido pela primeira vez em 1866 e novamente em 1869 e 1876, incluindo poemas de Charles Leconte de Lisle, Théodore de Banville, Sully Prudhomme, Stéphane Mallarmé, Paul Verlaine, François Coppée e José María de Heredia.

Os parnasianos foram influenciados por Théophile Gautier e sua doutrina de “arte pela arte”. Como reação aos tipos menos disciplinados da poesia romântica / eo que eles consideraram o sentimentalismo excessivo e ativismo social e política indevida de obras românticas, os parnasianos se esforçou para fabricação exata e imaculada, [2] selecionando exótico e (neo) clássica assuntos que eles trataram com rigidez de forma e distanciamento emocional. Elementos deste distanciamento foram derivados do trabalho filosófico de Schopenhauer.

Apesar de suas origens francesas, o parnasianismo não se restringiu aos autores franceses. Os parnasianos poloneses incluíam Antoni Lange, Felicjan Faleński, Cyprian Kamil Norwid e Leopold Staff. Um poeta romeno com influências parnasianas era Alexandru Macedonski. Florbela Espanca era poeta portuguesa parnasiana (Larousse).

Poetas britânicos como Andrew Lang, Austin Dobson e Edmund Gosse eram às vezes conhecidos como “ingleses parnasianos” por seus experimentos em formas antigas (muitas vezes originalmente francesas) como a balada, o villanelle e o rondeau, inspirando-se em autores franceses como Banville. Gerard Manley Hopkins usou pejorativamente o termo parnasiano para descrever poesia competente mas sem inspiração, “falada no nível da mente de um poeta”. Ele identificou essa tendência particularmente com o trabalho de Alfred Tennyson, citando o poema “Enoch Arden” como um exemplo.

Começando no final da década de 1870 como uma resposta ao Romantismo e continuando no início do século XX, o Parnasianismo surgiu como um movimento de poesia defendendo a “arte pela arte”. Primeiramente oposto à sensibilidade desenfreada do Romantismo e formas poéticas irrestritas, o Parnasianismo anunciava o controle artístico, elegância, objetividade e impassividade.

Os três poetas parnasianos do Brasil são Raimundo Correia, Alberto de Oliveira e Olavo Bilac. O simbolismo evoluiu do romantismo no final do século XIX e empregou o uso imaginativo de metáforas ampliadas, sugestivas de devaneios e estados místicos. Influenciado pelo poeta francês Charles Baudelaire e seu tema de decadência, os simbolistas no Brasil também experimentaram métricas, repetições, efeitos sonoros e outros elementos musicais.

O maior poeta simbolista brasileiro foi João da Cruz e Sousa, nascido de escravos libertos, autor de versos abolicionistas e atuante no movimento antiescravista.

Talvez o mais idiossincrático dos parnasianos, Olavo Bilac, discípulo de Alberto de Oliveira, tenha sido um autor do Brasil que conseguiu cuidadosamente elaborar versos e métricas, mantendo um forte emocionalismo neles.