• Registro de Marcas e Patentes.

Clarice Lispector: Vida e Obras


Clarice Lispector: Vida e Obras – Ao longo de sua história, o Brasil teve dezenas de escritores que foram um verdadeiro marco para a Literatura. Uma das mais influentes, no entanto, não seria nativamente brasileira, mas sim ucraniana. Abaixo você verá um resumo da biografia de uma das maiores expoentes da Literatura Brasileira, grande personagem do Modernismo, Clarice Lispector.

Breve Biografia – Clarice Lispector: Vida e Obras

Clarice Lispector: Vida e Obras
Clarice Lispector: Vida e Obras

Clarice Lispector, na época Haya Pinkhasovna Lispector, nasceu em 10 de dezembro de 1920 na pequena cidade de Tchetchelnik, na Ucrânia. Na época, devido aos desdobramentos da Guerra Civil Russa, havia uma grande perseguição aos judeus, de quem seus pais, Pinkhas Lispector e Mania Krimgold Lispector, eram descendentes. Clarice Lispector: Vida e Obras

Por esse motivo, viajaram ao Brasil 1 ano depois de seu nascimento, em 1921, na cidade de Maceió. Desde o início da vida no Brasil, a família passou por constantes dificuldades financeiras. Pouco depois da morte de sua mãe, em 1930, Clarice (havia ganhado esse nome de seus pais para esconder a descendência judaica) e seu pai se mudam para a então capital do Brasil, o Rio de Janeiro.

Logo aos 19 anos, ganho uma bolsa na Escola de Direito da Universidade do Brasil, quando começou a dedicar mais à sua maior paixão: a Literatura. Um ano depois de seu ingresso na faculdade, Clarice publica o seu primeiro conto, que fora nomeado de “Triunfo”. Nesse mesmo ano, houve o falecimento de seu pai.

Apesar de cursar Antropologia e Psicologia, Clarice Lispector teve uma expressiva carreira jornalística, tendo trabalhado em grandes empresas da época, como no Correio da Manhã e Diário da Noite, ambos sob direção da Agência Nacional.

Durante todo esse tempo, Clarice Lispector não deixava de dedicar grande parte do seu dia aos seus textos, contos e poemas, por vezes reunidos em livros e publicações em massa. Aos 22 anos, em 1943, a poeta casou-se com o diplomata Maury Valente, com quem teve dois filhos.

Por conta da profissão de Valente, Clarice teve a oportunidade de viajar e morar em vários países, como Itália, Inglaterra e Estados Unidos. 18 anos depois de oficializado, o casamento entre os dois teve um término, e a escritora voltou a morar no Rio de Janeiro com os seus filhos. Nesta época, naturalizou-se brasileira e se auto declarava pernambucana.

Foi diagnosticada com câncer de ovário no início de 1977. No dia 9 de dezembro daquele mesmo ano, véspera de seu aniversário de 58 anos, Clarice Lispector falece.

Curiosidades e obras

Ao longo de sua vida, Clarice Lispector lançou várias obras que ainda encantam milhares de leitores em todo o Brasil e no mundo. Além disso, a sua vida foi repleta de acontecimentos distintos. Um deles é o relato da própria Clarice, que diz ter se apaixonado profundamente por seu melhor amigo, Lúcio Cardoso. O romance, no entanto, não teve futuro, tendo em vista que Cardoso era homossexual.

Ocasionado por um cigarro, um incêndio na casa de Clarice também foi um episódio marcante, acontecido em 1966. A escritora fora hospitalizada por semanas, e quase teve uma de suas mãos amputadas.

Algumas obras importantes de Clarice Lispector lançadas ao longo de sua jornada na Literatura:

  • Perto do Coração Selvagem – 1942;
  • A Cidade Sitiada – 1949;
  • A Paixão Segundo G. H – 1964;
  • O Mistério do Coelho Pensante – 1967;
  • A Mulher que Matou os Peixes – 1968;
  • Felicidade Clandestina – 1971;
  • Visão do Esplendor – 1975;

Apesar de não ser amplamente reconhecida pelos seus poemas em versos, e sim pelos seus contos, Clarice Lispector tem como uma de suas obras mais lembradas a poesia

“Não te Amo Mais”:

Não te amo mais.
Estarei mentindo dizendo que
Ainda te quero como sempre quis.
Tenho certeza que
Nada foi em vão.
Sinto dentro de mim que
Você não significa nada.
Não poderia dizer jamais que
Alimento um grande amor.
Sinto cada vez mais que
Já te esqueci!
E jamais usarei a frase
EU TE AMO!
Sinto, mas tenho que dizer a verdade
É tarde demais…